Conheça práticas e produtos que, junto ao período, podem ajudar a reduzir gastos com energia elétrica.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o horário de verão 2016/2017 economizou R$159,5 milhões devido à redução no uso de termelétricas, usinas que produzem eletricidade mais cara porque usam combustível para funcionar. Além disso, houve redução na demanda por energia no horário de pico de consumo noturno. Na região Sul, a queda foi de 4,3%, já no acumulado das regiões Sudeste e Centro-Oeste, a redução foi equivalente à metade da demanda no horário de ponta na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2018, o horário de verão se iniciou no dia 4 de novembro e vai até 16 de fevereiro de 2019, oportunidade para economizar na conta de luz. Mas, o que fazer para reduzir o consumo de energia nesse período? O professor e engenheiro eletricista do Grupo Loja Elétrica João Carlos Lima, garante que, ao adotar pequenas ações em seu dia a dia, é possível economizar.
Dicas:
Dentro de casa
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Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, que possuem vida útil maior e se alimentam com um gasto mínimo. Ou por lâmpadas de LED, ainda mais econômicas;
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Aproveite ao máximo a luz do dia deixando cortinas e portas abertas. Em caso de mesas de trabalho e de leitura, coloque-as próximas às janelas;
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No caso dos aparelhos de ar condicionado, mantenha os filtros sempre bem higienizados e use o termostato do aparelho para regular a temperatura e evitar sobrecargas;
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Máquina de lavar roupa e ferro de passar consomem bastante energia. Portanto, tente usá-los quando houver bastante roupa acumulada, para realizar o trabalho de uma única vez;
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Evite deixar aparelhos eletrônicos em stand-by. Apesar de estarem desligados, nesse modo, podem gerar um gasto mensal de até 12%. Uma boa solução é instalar um interruptor capaz de comandar as tomadas onde esses equipamentos estão plugados;
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Escolher aparelhos que vêm com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence). Ela classifica os equipamentos pelo consumo em faixas de A (mais eficiente) a D (menos eficiente);
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Mantenha a borracha de vedação da geladeira sempre em bom estado e regule a temperatura do aparelho de acordo com o consumo. Não forre as prateleiras para não exigir esforço redobrado do eletrodoméstico;
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Quando viajar, desligue a chave geral da casa para não gastar energia com coisas desnecessárias.
Fora de casa
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Experimente instalar um sistema solar de aquecimento de água para abastecer toda a casa;
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Utilize fotocélulas (aparelhos que detectam a presença de movimento) em ambientes externos, para que as luzes acendam somente à noite.
No trabalho
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Quando for se ausentar, desligue o monitor do computador ou coloque a máquina em modo de economia de energia;
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No final do expediente, tire os aparelhos da tomada.
Luminárias ecológicas
O professor João Carlos ainda fala sobre a adoção de alternativas em casa capazes de garantir menores gastos e energia limpa. Um exemplo são as luminárias ecológicas para jardins e áreas externas, que funcionam através dos sistemas fotovoltaicos – capazes de gerar energia por meio da luz do sol. “Esses equipamentos dispensam o uso da energia elétrica. Utilizam apenas a luz solar, o que gera uma vantajosa economia. Além disso, existem modelos que possuem acionamento automático e controle remoto”, conta.
Segundo o especialista, cultura ambiental e consciência ecológica foram conceitos aplicados no desenvolvimento desses produtos, que contam com tecnologia simples e eficaz. Além disso, as luminárias são de fácil instalação, do tipo "faça você mesmo", uma vez que não são utilizados quaisquer outros tipos de materiais (cabos, interruptores, conectores etc.). “A economia gerada mensalmente permite um rápido retorno do investimento, além de contribuirmos para o equilíbrio ambiental da Terra”, conclui.
Usinas fotovoltaicas
Outro item que pode gerar economia são as usinas fotovoltaicas, dispositivos utilizados para converter a luz solar em energia elétrica. Essa tecnologia permite ao consumidor produzir a própria energia e conectá-la à rede de alguma fornecedora, por exemplo, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com isso, pode até obter créditos na conta de luz, caso produza mais do que consuma.
O sistema é composto por placas solares, que se assemelham às placas de aquecimento de água. Porém, em vez de esquentar água, elas vão produzir energia que poderá ser consumida normalmente. “Não há diferença entre a energia produzida pelo sol ou a recebida da concessionária. E não há nenhum risco em seu uso, desde que instalada por profissionais qualificados”, garante Herbert Abreu, consultor da Loja Elétrica.
“A usina fotovoltaica mantém uma produção de energia por, no mínimo, 25 anos desde sua instalação. O tempo de retorno do investimento começa a partir do quinto ano, porque, de acordo com a tarifa economizada, o valor do investimento terá sido pago e a economia então começa”, explica Abreu. O sistema ainda tem o benefício de, quando instalado por um profissional qualificado, ter uma manutenção bem simples, que é praticamente, a limpeza das placas.
Fonte: Jornal da Instalação
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